Corre! Rara disponibilidade com a Qatar Airways em classe executiva entre São Paulo e Doha
por Lorenzo Firmino •
Aconteceu na manhã de hoje o leilão da 6ª Rodada de Concessões Aeroportuárias. Organizado pela Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC), o leilão incluiu a concessão de 22 aeroportos em 12 estados brasileiros. O leilão resultou em um montante total arrecadado de R$3,3 bilhões, representando um ágio de mais de 1500%.

As concessões foram ofertadas aos investidores em 3 blocos (sul, central e norte). Em condições normais de tráfego, os aeroportos recebem juntos mais de 24 milhões de passageiros por ano, de acordo com dados de 2019.
Inicialmente foi realizado o leilão do Bloco Sul que inclui os seguintes aeroportos:
O valor mínimo de referência para esse bloco era de R$ 130 milhões. A primeira oferta foi apresentada pela AENA Desarollo Internacional no valor de R$ 1 bilhão e 500 milhões. Em seguida, foi feita a leitura da proposta da Companhia de Participações em Concessões (CPC) no valor de R$ 2 bilhões e 128 milhões. Por fim, abriu-se o envelope da Infraestrutura Brasil Holding com o valor de R$ 300 milhões.
Em seguida foi realizado o leilão do Bloco Norte. Fazem parte desse bloco os seguintes aeroportos:
O lance mínimo para o Bloco Norte era de R$ 47 milhões. O Consórcio AeroBrasil foi o primeiro a ter a sua oferta aberta no valor de R$ 50 milhões. Em seguida apresentou-se a proposta da Vinci Airports no valor de R$ 420 milhões.
Por fim, foi realizado o leilão do Bloco Central:
O lance mínimo para o Bloco Central era de R$ 8 milhões. A ACI do Brasil entrou com o lance de R$ 9 milhões e 787 mil. A Companhia de Participações em Concessões (CPC) propôs R$ 754 milhões e o Consórcio Central Airports ofertou R$ 40 milhões.
Foi aberto o viva-voz para todos os blocos, onde as proponentes poderiam renovar seus lances com variação mínima de R$ 10 milhões, porém não houve nenhum lance extra nesse momento.
Como resultado final do leilão, portanto, os vencedores foram os seguintes:
A Vinci Airports já é responsável pela operação do Salvador Bahia Airport e passará a operar, então, os aeroportos de Manaus/AM, Porto Velho/RO, Rio Branco/AC, Cruzeiro do Sul/AC, Tabatinga/AM, Tefé/AM e Boa Vista/RR em uma concessão de 30 anos. De acordo com o CEO da Vinci Airports, Nicolas Notebaert, a gestão desses aeroportos (grande parte na região amazônica) terá como foco central um dos pilares principais da Vinci que é a sustentabilidade dos seus aeroportos, com a adoção de práticas ambientais sustentáveis, já utilizadas de forma bastante ampla e reconhecida no Aeroporto de Salvador.

Nicolas Notebaert, CEO da Vinci Airports Concessions e Presidente da Vinci Airports.
Já a Companhia de Participação em Concessões (CPC), uma empresa do Grupo CCR, tem participações em concessões no Brasil e no exterior: BH Airport (38,25%), Aeroporto Internacional de Curaçao (79,8%), Aeroporto Internacional Juan Santamaria, Costa Rica (97,15%) e Aeroporto Internacional de Quito, Equador (46,5%). Em uma concessão de 30 anos, a CPC passará a operar os aeroportos os 15 aeroportos que compõem os blocos Sul e Central.

Cristiane Gomes, CEO da CCR Aeroportos.
Além dos valores iniciais e das contribuições variáveis, de acordo com os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs), os investimentos estimados por bloco de aeroportos serão de R$2,86 bilhões para o Bloco Sul, R$ 1,8 bilhão para o Bloco Central e de R$ 1,48 bilhão para o Bloco Norte.
O que você achou dos resultados do leilão e o que espera dos futuros operadores desses aeroportos?