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por Dérek Arakaki •
Muito provavelmente você já deve ter ouvido falar que o Aeroporto X é o HUB da companhia aérea Y, não é? Mas, será que você sabe efetivamente o que quer dizer isso e no que isso implica para a sua viagem?

Antes de entender o que é um hub, é preciso esclarecer que, basicamente, existem 2 formas de se ligar por via áerea uma origem a um destino. A primeira delas é por meio do que chamamos de “Modelo Ponto a Ponto”. Nesse modelo, são oferecidos voos diretos entre cada uma das origens e cada um dos destinos, como demonstrado na imagem aqui embaixo.
Para interligar as cidades A, B e C às cidades D, E e F (e vice-versa) são necessárias 18 rotas, um número grande de aeronaves, tripulantes, além de gastos enormes com combustível, manutenção dos aviões e muitos outros custos provenientes de um número tão grande de voos.

Esse modelo era muito popular nos Estados Unidos antes da chamada “Desregulamentação do Transporte Aéreo” que ocorreu após a famosa Convenção de Chicago, em 1978. Como o governo americano controlava as rotas que as companhias aéreas poderiam voar até então, elas acabavam operando muitos voos diretos de baixa demanda entre pequenas cidades. Isso significava que muitos voos não estavam completamente cheios, aumentando os custos por assento e, consequentemente, as tarifas.
A partir do momento que o governo americano desregulamentou a aviação comercial e as próprias empresas aéreas passaram a definir para onde voariam, elas tiveram maior flexibilidade e o modelo hub-and-spoke pôde se estabelecer.
Tradicionalmente, um hub é um local que funciona como base operacional de uma grande companhia aérea. A ideia principal do modelo é que um aeroporto de maior porte sirva como ponto de redistribuição de uma malha de voos. Nesse caso, para ligar as mesmas cidades A, B e C às cidades D, E e F será necessário passar por esse centro chamado HUB.
De maneira bem prática, nesse modelo todos os passageiros são levados até um Hub para, de lá, serem redirecionados até o seu destino final em outro voo e, na grandíssima maioria das vezes, em outra aeronave. É o que a gente comumente chama de “voo com conexão”.

Geralmente um hub é um aeroporto grande o suficiente para dar conta de atender a toda a demanda como base de uma determinada empresa e ainda receber voos de outras companhias. Costuma ter uma infraestrutura bastante complexa e oferecer muitas opções de serviços, entretenimento, compras e alimentação para os passageiros que podem ter que ficar horas por ali enquanto aguardam o próximo voo.
Para interligar todas essas cidades do exemplo são necessárias 12 rotas, um número 33% menor em relação ao modelo anterior. Agora, imagine isso em larga escala? Sem dúvidas representa uma economia bastante importante para as empresas aéreas.
Por exemplo: A Emirates tem como hub o Aeroporto Internacional de Dubai. Então, se você quiser voar de São Paulo para Bangkok, na Tailândia, com a Emirates, você obrigatoriamente terá que fazer uma conexão em Dubai onde pegará um novo voo para o seu destino final.
Os dois modelos trazem vantagens e desvantagens para as próprias empresas aéreas e para nós, passageiros. E é justamente por isso que muitas companhias têm em sua malha um mix de voos diretos e outros com conexões nos seus hubs, maximizando as suas receitas. Assim, elas conseguem atender aos mais variados públicos com necessidades distintas.
Os voos diretos:
Os voos com conexão:
Como eu disse ali em cima, muitas empresas têm optado por operar um modelo que combina aspectos dos modelos ponto a ponto com o hub-and-spoke. Alguns autores o chamam de Modelo Linear, mas, basicamente, é a operação de voos que saem de uma origem para um destino, porém com várias paradas ao longo da rota onde passageiros podem embarcar e desembarcar. Essas escalas podem ser em hubs ou em destinos que sejam lucrativos para a empresa. A Southwest Airlines, uma das maiores companhias áereas low cost do mundo, tem vários exemplos de rotas operadas dessa forma.
