Amex Centurion Lounge no Aeroporto de Miami vai fechar temporariamente para reformas
por Equipe | Passageiro de Primeira •
Overbooking em inglês; sobrevenda em português e “preterição de embarque” na linguagem oficial da ANAC: quem nunca foi afetado por isso? O que nem todos sabem, no entanto, é que não só de sobrevenda se gera uma preterição, ou negativa, de embarque. Neste post explicaremos um pouco mais sobre os diferentes motivos que geram a necessidade de retirar passageiros confirmados de um voo; além de elucidar como a ANAC nos resguarda se nós formos os afetados por algo do tipo.
Incentivado por 1 caso recente de overbooking e outro por falhar operacionais, relançamentos esse post!
Nas palavras da própria ANAC, órgão regulador da aviação civil no Brasil: “a preterição (ou negativa de embarque) ocorre quando a empresa aérea nega o embarque a passageiros que compareceram para viajar mesmo tendo cumprido todos os requisitos para o seu embarque”.
Traduzindo: você comprou uma passagem, pagou por ela (seja em milhas, dinheiro ou uma combinação dos dois), recebeu seu eticket e seu localizador (ou seja: de fato a compra foi confirmada), tinha toda a documentação necessária para a viagem, mas ainda assim não conseguiu fazer seu check-in ou, pior, fez seu check-in, foi até o embarque do voo e não pôde entrar na aeronave.
Estes cenários são os típicos da preterição. O mais comum acontece quando você não consegue sequer fazer o check-in para o voo – tipicamente porque já não há mais assentos disponíveis na aeronave. Mas também pode acontecer de você estar feliz, contente e tranquilo com seu assento devidamente marcado no seu cartão de embarque – e ainda assim, na hora de realmente embarcar, ter seu acesso barrado. Ou, como vimos acontecer recentemente com o episódio trágico da United, você pode até estar a bordo e ter que “delicadamente” descer do avião…!
Qualquer um desses casos figura uma preterição de embarque, nos termos da ANAC. Mas por que isso acontece?
O principal motivo de faltar espaço no avião é, claro, o excesso de vendas para um determinado voo – denominado overbooking, em inglês, ou sobrevenda, em português.
Mas como isso acontece? Por que uma companhia aérea venderia mais assentos do que uma aeronave possui? Pois bem… Estatisticamente é possível comprovar que há sempre um percentual de passageiros que não se apresentam para voar. Seja porque ficaram presos no trânsito, porque desistiram da viagem no último minuto ou por qualquer outro imprevisto, eles simplesmente possuem um bilhete mas nunca ocupam o assento pelo qual pagaram.
Resultado: o assento desses passageiros acaba saindo vazio. Um grande desperdício para as companhias aéreas, que poderiam ter colocado outro cliente no lugar – afinal de contas, o custo marginal de um passageiro a mais a bordo é irrisório perto do custo total de um voo.
Tentando evitar esse cenário, as companhias aéreas optam por correr um risco calculado (com base em modelos estatísticos calibrados): elas vendem assentos a mais do que a capacidade do avião que irá operar aquele voo, apostando que a história irá se repetir, os 3 passageiros em média que perdem seu voo CGH-SDU às 8:00 de segunda-feira também o farão na próxima segunda e, assim, os dois assentos que foram vendidos a mais não serão um problema. Muito pelo contrário: eles garantirão que a companhia maximize seu inventário de lugares no voo.
Isso é o que acaba acontecendo na maior parte dos casos e nenhum problema é gerado. No entanto, como a estatística não acerta 100% das vezes e o passado não se repete de igual forma a cada segunda-feira de manhã, há vezes em que apenas 1 passageiro vai perder seu voo e vai faltar lugar para alguém voar. Quando isso acontece, é configurada a preterição de embarque.
Infelizmente, na aviação há vários imprevistos que acabam dificultando ainda mais a vida das companhias aéreas – e não apenas por excesso de vendas, com cunho comercial, é que se gera preterição de embarque. Os outros fatores são os denominados “operacionais” porque resultam da operação do dia a dia das empresas do setor. E quais são eles? Vamos comentar os principais:
Não se preocupem: a ANAC resguarda os passageiros nos casos de preterição de embarque, sem discernir o motivo da falta de espaço no voo. A famosa “Resolução 400“, que rege esse tipo de evento, é bastante clara em relação às obrigações das companhias aéreas:
É difícil para uma companhia aérea nunca ter um caso de preterição de embarque, devido a temas operacionais aos quais todas estão sujeitas no setor. No entanto, acreditamos que a resposta de uma companhia a situações críticas e de alto impacto ao passageiro, como essa, fazem a diferença na hora de escolher com quem voar! A maneira como o passageiro é tratado pode fazer com que uma situação ruim se torne aceitável ou até mesmo, boa.
Vocês já passaram por isso? Como foi o tratamento que receberam? Levantaram a hipótese de proferir as palavras “NUNCA MAIS”?