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por Lorenzo Firmino •
Como você vem acompanhando nas últimas semanas, nesta fase da série Resgates de Primeira, estamos mostrando voos que tragam alguma característica especial, quer de preço, cabine ou rota diferenciada, que mereça o nosso registro. No resgate de hoje, vamos mostrar uma viagem utilizando um programa de fidelidade inédito na série, voando do Brasil para o Oriente Médio, com conexão na Europa. Por isso, o que temos no cardápio hoje é: Resgates de Primeira – Passagem em Classe Executiva de São Paulo para Tel Aviv, com milhas do Flying Blue.

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Rota: São Paulo – Paris – Tel Aviv
Programa: Flying Blue (Air France/KLM)
Para quem não vem acompanhando, nas primeiras duas fases da série Resgates de Primeira, mostramos ótimos resgates para voar em Classe Executiva para todos os continentes. Na terceira fase, mostramos Resgates de Primeira para voar em Primeira Classe, item cada da vez mais raro no mundo da aviação, especialmente para viajar utilizando milhas e pontos.
Nessa última, voltamos a mostrar o resgate de viagens em Classe Executiva que apresentem custo x benefício acima da média, ou tenha alguma característica especial. Por isso, hoje aproveitamos para mostrar uma viagem de São Paulo para Tel Aviv, com os dois trechos voados na ótima Classe Executiva da Air France no A350-900.
Esse é um dos bons sweetspots do programa de fidelidade Flying Blue, com origem/destino no Brasil, já que o valor cobrado está menor que um voo direto apenas entre São Paulo e Paris, por exemplo.
Vale lembrar que mostramos aqui no Passageiro de Primeira na semana passada, que o Flying Blue passou a integrar a lista de parceios do Membership Rewards do Amex do Santander.
É o segundo parceiro aéreo integrado ao programa, já que o SkyMiles, da Delta Airlines, foi apresentado desde o lançamento do novo Membership Rewards.
Na nossa visão, é a melhor parceria que o programa ostenta, até o momento, sobretudo porque tem uma consistente campanha de promoções mensais, com descontos reais nos resgates em Classe Econômica e Classe Executiva, para destinos selecionados.
Atualmente, por exemplo, é possível voar entre a Europa e algumas cidades do Canadá, por menos de 40 mil milhas, em Classe Executiva, o que é excepcional.
E o programa permite muitos outros bons resgates. Dentre esses, destaca-se a possibilidade de do Brasil para Israel, em dois voos longos na ótima Classe Executiva do A350 da Air France, por um valor menor que o cobrado para os voos entre Brasil e Europa, como dissemos acima.
Lounges em Paris CDG – Salon VIP Air France
Essa viagem, como dissemos, faz conexão em Paris (CDG), quartel-general da Air France e onde a mesma oferece diversas opções de Lounges. Embora a montagem dos voos indique um layover de menos de duas horas, ainda há tempo para curtir rapidamente um bom Lounge, como o Salon VIP Air France das imagens abaixo.
Embora o Flying Blue tenha precificação dinâmica, nas datas com maior disponibilidade award o programa cobra valores, na prática, tabelados (piso-base).
Para esse resgate, especificamente, o piso é 85.000 milhas por trecho, o que é excelente, considerando que são dois voos, partindo do Brasil para o Oriente Médio.
Destaque para as taxas, que são bastante módicas, para os padrão do programa. Significa que está sendo respeitada a legislação brasileira (e a inteligência dada pela jurisprudência para a matéria), que veda a cobrança em separado de taxa de combustível. No nosso resgate, o sistema mostra a cobrança de apenas 34 euros por passageiro.
O Flying Blue permite resgatar online, não apenas os voos próprios, mas de todos os parceiros, quer SkyTeam, quer bilaterais. Isso é uma grande vantagem do programa.
Acaso necessite de resgates mais elaborados, ou haja algum bug para finalizar a emissão, é possível pesquisar no site e realizar o resgate através do call-center.
Realizada a pesquisa e encontrado o resultado, basta selecionar o voo, preencher os dados do passageiro e conferir os detalhes do resgate. Feito isso, o último passo é apenas preencher os dados de pagamento e finalizar o resgate. Simples, intuitivo e rápido.

Desde que a MR dos AMEX-Bradesco, foi transferido para a Livelo, ficamos com opção limitada para gerar milhas Flying Blue, já que o outro parceiro nacional, Livelo, tem taxa de 2:1, o que gera custos elevados para os regates.
Por isso a inclusão do programa no novo Membership Rewards dos AMEX-Santander, com a taxa 1:1, é motivo para comemorar.
Pontuação regular
Como já foi oficialmente anunciado, os cartões de crédito American Express emitidos pelo Santander, pontuarão 1,2 por dólar na versão Gold e 2,2 pontos por dólar, na versão The Platinum Card.
Vamos levar em conta a pontuação do TPC, de 2,2 pontos por dólar.
No uso regular, para gerar essas 85 mil milhas no MR, que poderiam se transformar em 85 mil milhas Flying Blue, teríamos que realizar operações na função crédito, no importe de aproximadamente R$ 228.000 (considerando a pontuação regular do cartão, de 2,2 pontos por dólar, com câmbio de referência a R$ 5,90 – câmbio oficial + 5% de spread).
Evidente que com uso massivo e paciência, pode-se gerar esse montante sem custo adicional.
No entanto, nosso objetivo é mostrar o custo de gerar o valor rápido, usando aplicativos de pagamento.
Considerando a possibilidade de pagar contas e boletos nesse valor, temos aplicativos no mercado, cujo custo mais baixo gira em torno de 2,80%.
Nesse patamar, precisaríamos investir aproximadamente 6,3 mil reais pela passagem. Não é um valor baixo, mas é excelente, comparado ao custo do bilhete pagante, como veremos adiante.
Campanhas Bateu, Ganhou!
Quem é usuário dos cartões Santander, já sabe que o banco realiza com frequência – no mínimo uma vez ao ano – a excelente campanha Bateu, Ganhou, em que os clientes que conseguem bater as metas pré-estabelecidas, chegam a receber até 6 pontos por dólar, nos melhores cartões, como aconteceu com o co-branded AAvantage, na penúltima campanha.
Mesmo tomando por base a última campanha – encerrada no últimos dia 31/10 – em que a melhor pontuação foi oferecida aos cartões Unlimited, com 5×1 na maior meta, é possível dizer que daria pra gerar essas 85.000 milhas, pelo custo aproximado de R$ 2,8 mil, o que é uma pequena fração do custo pagante desse bilhete.
Quando comparamos o custo desse bilhete award, com o valor da passagem pagante, podemos constatar quão vantajoso é esse Resgate de Primeira:

Como se vê, a passagem pagante custa 11,5 mil reais. O custo de geração das milhas, em situações excepcionais, como no Bateu, Ganhou, representaria cerca de 25% desse valor, o que é surreal!
Além da própria Air France, ainda poderia ser possível realizar a viagem voando com KLM, ou mesmo em voos mistos com Air France/KLM + Virgin Atlantic.
Contudo, so melhores valor que encontramos, fora de promoção, foi esse em que os dois trechos são operados pela Air France ou com a KLM.
Optamos pela Air France, porque os dois voos são operados com o moderno A350-900, o que reputamos uma vantagem em favor da companhia Francesa, já que a KLM opera o primeiro trecho com o Boeing 777-200, com cabine de Classe Executiva com layout 2-2-2 e o segundo trecho é previsto para voar no Boeing 737, com o modelo europeu de Classe Executiva (cabine normal, com poltrona central bloqueada).
Voar KLM, entratanto, é longe de ser uma má ideia. Aliás, as taxas aeroportuárias estão levemente mais baixas na companhia holandesa:

E o voo longo (GRU-AMS), apesar do layout 2-2-2, como falamos, oferece poltronas grandes e confortáveis, além do habitual bom serviço de bordo da KLM.
Esse é mais um bom exemplo das dezenas de boas oportunidades de emissões que temos a explorar no nosso microcosmos de milhas e pontos, como falamos no post inicial dessa série semanal.
Nessa matéria, trouxemos uma boa oportunidade de uso das milhas do programa Flying Blue, novo parceiro do Membership Rewards do AMEX-Santander, para voar na ótima Classe Executiva da Air France no moderno A350-900.
Esse, sem dúvida, é mais um dos bons resgates do nosso universo de milhas e pontos.
E você, já conseguiu aproveitar essa excelente emissão do Flying Blue?
Confira os Resgates de Primeira publicados!
Primeira fase
Segunda fase
Terceira fase
Quarta fase