KLM lança novo menu do Chef Rodrigo Oliveira para voos partindo do Brasil
por Fábio Vilela •
Como já mostramos aqui em diversas postagens, os Avios são um ativo valioso, permitindo emissões com ótimas tarifas, especialmente em resgates de voos de curta e média distância. Como o sistema Avios tem precificação fixa em função da distância voada, ele conta com tabelas muito atrativas para esse tipo de emissão.

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Avios é como são chamadas as milhas dos programas Iberia Plus (Iberia), Executive Club (British Airways) e AerClub (Aer Lingus), e a contar de outubro de 2017, também do Vueling Club, da Vueling, low-cost do Grupo IAG.

Como falamos em outras oportunidades, é possível combinar Avios entre contas dos programas de fidelidade do grupo IAG, inclusive de modo online, através da conta avios.com, ou de modo direto, entre as contas do British Executive Club e Iberia Plus criadas há mais de 90 dias (saiba como nessa matéria).
Embora os programas das outras empresas aéreas do grupo IAG também operem com Avios, vamos focar nossa análise nos Avios do Executive Club (British Airways) e Iberia Plus (Iberia), que são os programas mais utilizados por nós brasileiros e que têm maior facilidade de combinar Avios, sem precisar triangular pela conta avios.com.
No geral, em resgates de trechos curtos com parceiros (fora do grupo IAG), os Avios do Executive Club são imbatíveis, sobretudo porque permitem resgates one-way. Nos resgates curtos e médios na Iberia e British Airways, em regra a vantagem vai para o Iberia Plus.
O que pesa em desfavor do Iberia Plus, é o fato de não permitir resgates one-way com parceiros (exceto com a própria British Airways, como falamos).
Aliás, em trechos médios, e até curtos, não raro resgatar voos da British Airways sai mais barato pelo Iberia Plus, que pelo Executive Club.
Outra diferença substancial é a cobrança de taxas muito mais aceitáveis nas emissões com o Iberia Plus, que no Executive Club. Afora os voos partindo do Brasil e de outros países com regulamentação mais restritiva quanto às taxas de combustível, os resgates para voar com a British Airways, com Avios do Executive Club, sofrem pesada taxa YQ.
Por outro lado, nos resgates curtos e médios internos na Europa, Américas e Ásia, em regra, não sofrem essa taxação, ou as taxas são em valores razoáveis.
Infelizmente, os voos médios entre Estados Unidos e Europa, ou o sentido inverso, são pesadamente taxados.
Não há uma regulamentação uniforme que estabeleça o que seriam os voos de curta, média e longa distância, de modo que as próprias companhias aéreas e operadoras de turismo adotam classificações díspares.
Para os fins dessa matéria, vamos tomar como base as tabelas de distâncias do Iberia Plus e Executive Club.
Essas tabelas apresentam 9 faixas. Então, podemos classificar as 2 primeiras faixas como de voo curto, até 1.151 milhas. As faixas 3 a 5 – de 1.152 até 4.000 milhas – como voos médios. Essa classificação, de alguma forma, guarda alguma correlação com a regulamentação do governo britânico, assim como da Eurocontrol.


Vamos ver alguns exemplos de bons resgates com Avios, classificados por distância/região.
Intra-Europa/África
Faixa 1: Madri – Ibiza

Faixa 1: Madri – Casablanca (Marrocos)

Faixa 2: Madri – Amsterdam

Faixa 2: Lyon – Casablanca (Marrocos)

Intra-América do Norte
Recentemente, sem qualquer aviso, tanto o Iberia Plus quanto o Executive Club promoveram sérias alterações na precificação dos voos com parceiros da oneword na América do Norte. Com essas mudanças, houve uma unificação (para pior) no número de Avios requeridos, sendo cobrados 7.500/15.000 (Classe Econômica/Executiva), desde a primeira faixa, para voar com American Airlines ou Alaska. A precificação real, inclusive, não está obedecendo a tabela que publicamos recentemente aqui no site.
Com essas mudanças, o programa perdeu boa parte da atratividade nesses trechos. Não raro, resgatar voos internos na América do Norte usando milhas Smiles, apresenta custo menor. Afora que o custo de geração no Smiles é incomparavelmente menor.
De todo modo, vamos mostrar alguns exemplos, já que, por seguir um valor fixo, pode ser vantajoso em algumas ocasiões.
Faixa 1: Miami – Cancun

Faixa 2: Orlando – Chicago

Intra-Ásia
Faixa 1: Male (Maldivas) – Colombo (Sri Lanka)

Faixa 2: Ho Chi Minh City (Saigon – Vietnam) – Hong Kong

Intra-Oceania
Faixa 1: Sydney – Hobart (Tasmânia)

Faixa 2: Adelaide – Brisbane

Há diversos resgates de média distância (faixas 3 a 5), em que o sistema Avios permite emissões incríveis, especialmente quando importa em mudança região/continente, comumente tarifado mais pesadamente nos programas que usam precificação por região/continente.
Europa – Europa
Faixa 3: Madrid – Stockholm

Europa – Oriente Médio
Faixa 4: Madrid – Tel Aviv (Israel)

Europa – América do Norte
Faixa 5: Madri – Chicago

* Em verdade, Chicago estaria enquadrada na faixa 6 (a mesma de São Paulo e Rio de Janeiro), mas o Iberia Plus vem considerando o destino na faixa 5 (desconsiderando as 202 milhas a mais), a mesma de outros destinos americanos como Nova York e Miami. Embora alguns blogs internacionais tenham publicado recentemente que a Iberia teria “corrigido” a precificação, nas nossas pesquisas continua como antes, o que não dá pra reclamar.
América do Norte – América do Norte
Faixa 3: – Chicago – São Francisco

Oriente Médio – Ásia
Faixa 3: Doha – Nova Délhi (Índia)

Oriente Médio – Ásia
Faixa 4: Doha – Malé (Maldivas)

Ásia – Ásia
Faixa 3: Tóquio – Hong Kong

Faixa 4: Hanoi – Tóquio (com conexão e/ou stopover em Hong Kong)*

* Em verdade, o trecho direto Hanoi-Tóquio em Classe Executiva, operado sem escalas pela JAL, custa 38.750 (faixa 4 da tabela do Executive Club). Ocorre que a British Airways, em voos com conexão, precifica por trecho, conforme cada faixa. No caso, temos HAN-HKG na faixa 1 (526 milhas = 12.500 Avios + HKG-NRT na faixa 3 (1.842 milhas = 22.000 Avios). Infelizmente, temos visto ultimamente o Executive Club mexer sem aviso na faixa 1, cobrando mais que o regular da sua tabela (informal). Não sabemos até quando esse benefício de fazer os dois voos, inclusive com a possibilidade de resgate separado, vai custar mais barato. De todo modo, note que o voo com conexão/parada em Classe Econômica, custa mais caro que o voo direto, já que na faixa 4 são cobrados 13.000 avios em Classe Econômica.
Ásia – Oceania
Faixa 4: Kuala Lumpur (Malásia) – Perth (Austrália)

Esses são apenas alguns poucos exemplos das incontáveis possibilidades de resgates simples e/ou combinados, que esse sistema de precificação por distância adotado por Iberia Plus e Executive Club oferecem.
Aliás, nos próximos dias vamos mostrar como esse sistema pode ser especialmente valioso para voos de posicionamento com mudança de região/continente, para tirar proveito em emissões casadas com outros programas que utilizem tabelas por região. Resta torcer para que as tabelas não continuem sendo alteradas sem aviso, como ocorreu recentemente com as primeiras faixas, onde estão, em regra, os melhores resgates.
E você, já tirou proveito de alguma sweetspot do Executive Club ou Iberia Plus?