TAM anuncia saída da Star Alliance para Março de 2014
por Fábio Vilela •
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) pediu aos governos decisões baseadas em dados para gerenciar os riscos da COVID-19 ao reabrir as fronteiras para viagens internacionais. Estratégias sem quarentena permitem a retomada das viagens internacionais com baixo risco de introdução de COVID-19 no destino da viagem.

Segundo o diretor geral da IATA, Willie Walsh, os dados serão usados na criação de políticas que gerenciam os riscos da COVID-19 e vai contribuir na proteção das pessoas, reestabelecendo empregos e impulsionando as economias. “Os dados devem ser usados como base para a criação de políticas que gerenciam os riscos da COVID-19 para a retomada das viagens em todo o mundo, protegendo as populações, restabelecendo empregos e impulsionando as economias. Apelamos aos governos do G7, que se reunirão no fim deste mês, para usarem os dados disponíveis ao planejar e coordenar com segurança a restauração da liberdade de viajar – tão importante para as pessoas, os negócios e os empregos”.
A IATA divulgou estudos de diversos países em que mostram que o passageiro vacinado estão protegidos de doenças graves e da morte, além de envolver um baixo risco de introdução do vírus nos países de destino. Além disso, esses estudos também apontam que a vacinação acompanhada dos testes de COVID-19 podem contribuir para um final nas obrigações de quarentena – impulsionando ainda mais as viagens. Veja abaixo:
Um desafio é o possível obstáculo para viajantes não vacinados, o que criaria uma exclusão inaceitável. Dados do NHS do Reino Unido sobre viajantes internacionais que chegam ao país (sem referência ao status de vacinação) mostram que a grande maioria dos viajantes não apresenta risco de introdução de casos de COVID-19 após a chegada.
Sobre as medidas de quarentena, Walsh disse que a medida obrigatória desencoraja os viajantes. “Muitos governos continuam exigindo a quarentena – administrada em hotéis ou autogerenciada. Isso impede a liberdade de movimento, desencoraja as viagens internacionais e acaba com os empregos no setor de viagens e turismo. Dados do Reino Unido mostram que podemos e devemos fazer melhor que isso. Quase 98% dos detidos por causa das medidas universais de quarentena apresentaram resultados negativos para o vírus. Agora temos mais de um ano de dados globais que podem ajudar os governos a tomar decisões mais direcionadas sobre as viagens internacionais. Isso pode manter o baixo risco de importação de casos da COVID-19, incluindo as variantes, além de reiniciar as viagens internacionais com o mínimo de impacto na vida social e trabalho, vidas que incluem as viagens”.
A IATA uniu-se à Airbus e à Boeing para apresentar possíveis métodos para gerenciar os riscos da COVID-19 e manter as populações seguras na retomada da conectividade global. A aviação, incluindo os fabricantes, gerencia e reduz os riscos com eficácia todos os dias para manter as viagens aéreas seguras. Com isso, a Airbus e a Boeing desenvolveram modelos de gerenciamento de risco baseados em dados para entender o impacto das várias opções.
Estudo da Airbus: Com foco nos riscos ao longo de toda a viagem, a Airbus considerou em seu modelo mais de 50 variáveis (como número de casos confirmados e fatalidades por país, estratégias de teste de COVID-19, estatísticas de tráfego, duração do voo, tempo gasto nos terminais do aeroporto, fornecimento de alimentos e ar condicionado a bordo). As suposições para o modelo foram baseadas em mais de doze fontes de dados (incluindo o US CDC e a Organização Mundial da Saúde). Os resultados do modelo foram cruzados com dados reais e observações de viagens. Usando os dados atuais de incidência da COVID-19 e não levando em consideração os viajantes vacinados (pois isso diminuiria o risco de infecções), os resultados incluíram:
O modelo da Airbus – desenvolvido para ajudar os grupos envolvidos e governos na retomada das viagens aéreas – mostra que o risco de transmissão e translocação do vírus pode cair significativamente com a adoção de medidas de proteção e testes baseadas em dados.
Estudo da Boeing: A modelagem e a análise da Boeing mostram que os protocolos de teste são uma alternativa às medidas de quarentenas obrigatórias em muitos cenários de viagens. O modelo avalia a eficácia dos testes de passageiros e da quarentena em vários países pelo mundo. Vários fatores foram considerados, como taxas de prevalência da COVID-19 entre os países de origem e destino, eficácia dos testes de PCR e testes rápidos de antígeno e a linha do tempo da doença (progressão da doença) para passageiros com COVID-19. A análise mostrou vários achados importantes:
O modelo de testes de passageiros e as descobertas da análise foram validados usando dados reais de testes em viagens da Islândia e do Canadá. A Boeing agora está analisando cenários com viajantes vacinados. À medida que forem disponibilizados, dados sobre as novas variantes da COVID-19 também serão incorporados ao modelo.
Segundo a IATA, nenhuma ação de um governo isolado pode levar à recuperação das viagens internacionais. Os Ministros do Turismo do G20 apoiam a abordagem baseada em dados para reabrir as fronteiras. O setor da aviação está incentivando o G7 a assumir a liderança, trabalhando em conjunto para usar a enorme quantidade de dados coletados desde o início da COVID-19 para apoiar o esforço da recuperação. Isso deve resgatar a liberdade de viajar de pessoas testadas ou vacinadas, evitando medidas de quarentena para a grande maioria dos viajantes.
O conhecimento sobre gerenciamento de risco do setor pode ajudar o sistema de saúde pública a coordenar o retorno à normalidade.