GOL reformula sua carta de vinhos a bordo da classe Premium
por Fábio Vilela •
Richard Branson, dono do Grupo Virgin, divulgou hoje (20) uma carta aberta para os seus funcionários. Entre os diversos assuntos abordados, ele cita que a companhia Virgin Atlantic vai precisar de apoio do governo para manter suas operações.

Confira abaixo trechos da carta aberta no que diz respeito as operações da Virgin Atlantic:
Muito foi dito sobre os funcionários da Virgin Atlantic que reduziram os salários por oito semanas, distribuídos por seis meses e meio. Essa foi uma decisão praticamente unânime dos funcionários da Virgin Atlantic e de seus sindicatos que, coletivamente, optaram por fazer isso para salvar o maior número possível de empregos – não foi imposta a eles pela gerência.
Estou muito orgulhoso das equipes da Virgin Atlantic, que continuam a oferecer voos críticos de carga médica para o Reino Unido, e das muitas pessoas da Virgin Atlantic que atualmente estão se voluntariando no NHS (National Health Service). Seu espírito é tão emocionante e inspirador, e eu não podia estar mais orgulhoso de nossas pessoas incríveis.
Juntamente com a equipe da Virgin Atlantic, faremos tudo o que pudermos para manter a companhia aérea funcionando – mas precisaremos de apoio do governo para conseguir isso, diante da grave incerteza de hoje em torno das viagens e sem saber por quanto tempo os aviões estarão parados. Isso seria na forma de um empréstimo comercial – não seria dinheiro de graça e a companhia aérea pagaria de volta (como a easyJet fará pelo empréstimo de 600 milhões de libras que o governo lhes concedeu recentemente).
A realidade desta crise sem precedentes é que muitas companhias aéreas ao redor do mundo precisam de apoio do governo e muitas já o receberam. Sem isso, não haverá mais concorrência e centenas de milhares de empregos serão perdidos, além de conectividade crítica e enorme valor econômico. A Virgin Atlantic começou com um avião há 36 anos. Ao longo desses anos, criou uma concorrência real para a British Airways, que deve permanecer feroz em benefício de nossos clientes e do público em geral.
O mesmo acontece na Austrália, onde a brilhante equipe da Virgin Australia está lutando para sobreviver e precisa de apoio para superar essa catastrófica crise global. Esperamos que a Virgin Australia possa emergir mais forte do que nunca, como uma companhia aérea mais sustentável e financeiramente viável. Se a Virgin Australia desaparecer, a Qantas efetivamente terá o monopólio dos céus australianos. Todos sabemos o que isso levaria.
Assim como muitas empresas pelo mundo, as companhias do Grupo Virgin precisarão de apoio do governo para conseguir enfrentar o momento atual. Lembrando que na última sexta (17) a Virgin Atlantic anunciou que desistiu de voar para o Brasil. A companhia iria operar voos diretos entre São Paulo e Londres a bordo do seu Boeing 787-9 Dreamliner.
Vamos torcer para que a situação se normalize o quanto antes para que as companhias possam não apenas retomar suas atividades, mas também crescer e oferecer novas ligações para nós passageiros. A concorrência é algo chave no mercado da aviação e para isso precisamos das companhias aéreas saudáveis permitindo que os clientes tenham opções de escolha em suas viagens.